Donnerstag, 28. Mai 2015
Motorista fura bloqueio, atropela e mata em protesto na Transamazônica
Um motorista tentou furar o bloqueio dos agricultores que protestam fechando a rodovia Transamazônica na altura do km 27 em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará, e atropelou pelo menos três pessoas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal uma mulher teria morrido na hora.
Segundo o agricultor Deilson Fernandes, o motorista acelerou de propósito na direção dos manifestantes. "A pessoa acelerou e partiu pra cima. Ele fugiu, foram atrás dele de moto", conta o agricultor.
De acordo com o agricultor, dois feridos foram hospitalizados em Vitória do Xingu. Outra vítima teria sido encaminhada para o hospital municipal de Altamira.
Liderança fala em duas vítimas
Segundo um dos líderes do movimento, João Uchoa, foram duas vítimas fatais após o atropelamento: Leidiane Machado e Daniel Dias. Os feridos foram levados para o hospital municipal São Rafael.
De acordo com Uchoa, ainda é cedo para afirmar se a ocupação será mantida. "Nós vamos fazer uma assembléia. O próximo passo é dar apoio para as famílias, aí vamos tomar uma decisão sobre continuar ou não o movimento", disse.
Os agricultores informaram ainda que aguardam a manifestação das famílias das vítimas para fazerem registros de ocorrência junto a Polícia Civil.
Agricultores pedem títulos de terras
Os agricultores que ocupam o km 27 da rodovia Transamazônica impedem a entrada de funcionários nos canteiros de obras de Belo Monte como forma de pressionar o Governo Federal para conseguirem a regularização fundiária, crédito e melhorias como a extensão do projeto Luz para todos.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na tarde do domingo (17) o grupo já havia bloqueado pela primeira vez a entrada do km 27, da BR-230, impedindo o acesso ao Sítio Pimental. Na madrugada de segunda o bloqueio foi realizado nos três principais acessos do canteiro de obras da usina, os sítios Pimental, Canais e Diques e Belo Monte.
Tendas foram armadas e os agricultores estão distribuídos no km 27, bloqueando o acesso ao Sítio Canais e Diques e Pimental; km 40 que leva ao Sítio Belo Monte; e km 55 por onde se chega também ao Sítio Pimental e à vila residencial, onde moram 7.200 pessoas.
De acordo com o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pela construção civil da usina, as obras estão parcialmente paradas e apenas os operários que moram nos alojamentos do interior dos canteiros estão trabalhando. Os cerca de 6 mil trabalhadores que moram em Altamirax e outros 600 que moram na vila residencial foram dispensados, já que não têm como sair do local.
Durante a tarde desta segunda-feira o clima ficou tenso entre motoristas e manifestantes, que permitiram a passagem de carros por uma hora para diminuir o engarrafamento na Transamazônica. A ocupação foi retomada uma hora após a liberação.
Com informações do G1 PA
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