Montag, 4. Januar 2016

Trabalhadores em greve da TCUL querem diálogo com patronato

Trabalhadores estão em greve pelo 13.º dia devido a nove meses de atraso salaria

Os trabalhadores da empresa de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL) estão em greve pelo 13.º dia, devido a nove meses de salários em atraso, reclamação sobre a qual a entidade patronal ainda não se pronunciou.
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral adjunto da comissão sindical dos trabalhadores da TCUL, Domingos Epalanga, disse que a greve, com um total de 97 por cento de adesão, envolve 1.900 trabalhadores.
De acordo com o responsável sindical, foi solicitado o diálogo com a entidade patronal, mas até ao momento não houve respostas.
“Aguardamos a todo instante (…) pela presença do patronato para começarmos a negociar, encontrarmos pontos comuns de convergência e fazermos o levantamento da greve e consequentemente retomarmos as actividades, mas a outra parte não está flexível”, referiu Domingos Epalanga.
O sindicalista disse que, apesar da paralisação total dos serviços, “não há pronunciamentos de quem de direito – do patronato e do ministro de tutela”.
“Ninguém fala nada em relação a este assunto”, reforçou.
Segundo Domingos Epalanga, os trabalhadores continuam a sofrer os “efeitos drásticos decorrentes dos nove meses de salários em atraso”.
“Os ânimos estão exaltados e tememos, enquanto líderes sindicais, que a situação fuja do nosso controlo, porque se ela fugir do nosso controlo os contornos serão muito grandes, estamos a falar de 1.900 trabalhadores”, alertou.
Aquele sindicalista apontou casos de mortes entre os trabalhadores este ano devido à falta de dinheiro para atender às mais variadas situações, com destaque para a saúde.
“Muitos encontram-se doentes com diagnósticos firmados e receitas médicas, mas por falta de dinheiro não conseguem adquirir os fármacos para se medicarem. O nosso receio é que venham a morrer mais colegas. Há dois dias enterrámos mais um jovem colega, bom profissional, que se juntou a cerca de duas dezenas de [pessoas] que morreram só este ano e isso preocupa-nos”, lamentou.
À greve, que vai se manter até que seja resolvido o problema, só não aderiu o pessoal com cargos de chefia, nomeadamente directores, chefes de departamentos, de sectores e de secção.
Domingos Epalanga avançou ainda que “da quantidade de problemas que enferma a TCUL” destaca-se o atraso salarial, mas sublinhou que a retirada de algumas regalias, como o seguro de saúde, o pagamento de continuidade e pontualidade, são questões que precisam igualmente de ser revistas e resolvidas.
A TCUL constitui para a sociedade angolana o Portal dos Transportes do Ministério dos Transportes, uma mola impulsionadora ao desenvolvimento do país e tem como objectivo prestar um serviço de transporte colectivo de pessoas no mercado urbano de Luanda e inter-provincial.
Diariamente, a TCUL garante o transporte a mais de 100.000 passageiros, fazendo jus ao título da maior transportadora do circuito urbano de Luanda.

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